O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 1,9% na passagem de janeiro para fevereiro e chegou a 115,8 pontos, no 13º aumento consecutivo. É o terceiro melhor resultado da série histórica, iniciada em 1995, ficando abaixo apenas do registrado em novembro (116,9 pontos ) e dezembro (116,0 pontos) de 2007. Numa escala de 0 a 200, o nível acima de 100 é avaliado como bom.
A pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação apontou, principalmente, um otimismo do setor para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) aumentou em 3,3% (de 114,5 pontos para 118,3 pontos), a maior marca da série histórica, e pelo sexto mês seguido superou o Índice da Situação Atual (ISA), com 0,7% (de 112,6 pontos para 113,4 pontos).
"O elevado grau de otimismo do empresariado fica evidenciado nas previsões favoráveis para novas contratações e nas perspectivas para os negócios no horizonte de seis meses", destaca a a nota da FGV. O indicador sobre emprego futuro atingiu 128,3 pontos, o melhor desde julho de 1986 (129,7).
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Na consulta, realizada em 1.056 empresas, 31,3% dos entrevistados manifestaram a intenção de ampliar o quadro de trabalhadores entre fevereiro e abril, percentual superior ao de janeiro (26,5%). A proporção dos que planejam efetuar demissões diminuiu, de 5,7%, em janeiro, para 3%, em fevereiro.
Houve também elevação do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), de 83,8% para 84,0%, o maior desde outubro de 2008 (85,1%). Entre os setores em alta estão a indústria de bens de capital (de 82,0% para 82,9%).