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Biocombustíveis

Indústria de biodiesel investirá R$ 180 mi no Paraná

Redação Bonde e Folha de Londrina
21 mar 2007 às 20:39

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A Brasbiofuel anunciou nesta quarta-feira (20) em Curitiba, a criação da maior indústria produtora de biodiesel do Paraná. A unidade será instalada em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba) com capacidade inicial de produção de 360 milhões de litros por ano e um crescimento previsto para 1,5 bilhão de litros dentro de quatro anos. O investimento na planta industrial paranaense é de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões com a geração de 400 empregos diretos e cerca de mil indiretos. A indústria começa a funcionar a partir de janeiro de 2008.

O maquinário conta com tecnologia brasileira e engenharia italiana. As obras serão iniciadas dentro de três meses. A meta da empresa é ter mais três indústrias no Brasil. A segunda unidade será criada no Paraná e pode ser instalada na região de Londrina ou de Apucarana e também produziria 360 milhões de litros por ano. ''Estamos com o foco voltado para as regiões de Londrina e Apucarana (para a instalação da segunda unidade)'', disse o diretor industrial da companhia, Oséias Alves da Cruz. A terceira unidade ficaria em Santa Catarina, devido à proximidade com o Porto de Itajaí e a quarta ainda não tem local definido. Nas quatro unidades serão investidos R$ 480 milhões e gerados 1,2 mil postos de trabalho diretos. Os recursos para serem investidos nas quatro indústrias são 60% próprios e o restante através de financiamento com bancos europeus.

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Girassol - A produção de biodiesel será através de sementes de girassol, inicialmente, importadas da Ucrânia, já que o Brasil ainda não tem como suprir a demanda da Brasbiofuel. Os ucranianos garantiram o fornecimento de girassol para a indústria por um prazo de dois anos. O volume anual de girassol a ser utilizado é de 1 bilhão de toneladas e o Brasil só poderia suprir 150 milhões de toneladas. Outras opções, na sequência, seriam a utilização de algodão, canola e pinhão manso.

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O diretor presidente da empresa, o italiano Daniele Panicci, acredita que ''o Brasil será a primeira força do mundo'', especialmente na questão agrícola. A idéia dele é trabalhar com os pequenos e médios agricultores oferecendo apoio técnico em plantio, cultivo e colheita para a produção de girassol, o que deve garantir o fornecimento desta semente num prazo de dois anos. Em contrapartida, a Brasbiofuel pretende oferecer garantia de compra da produção aos agricultores. Como o preço do biodiesel não vai cair devido ao excesso de demanda, os dois diretores acreditam que o preço pago ao produtor pelo girassol não deve desvalorizar.

Energia - Além do problema de ter que trazer girassol importado, Panicci disse que não há energia elétrica suficiente. Por este motivo, a indústria vai gerar energia própria. No processamento do girassol, sobra uma espécie de ''torta'' (massa) que será utilizada para mover as caldeiras. A primeira unidade de Araucária terá duas turbinas e cada uma gerará 100 MW, volume que conseguirá abastecer a unidade 100%. Cerca de 60% da semente de girassol vira torta. Deste total produzido, 20% irá para a produção de energia elétrica e os outros 80% para a produção de ração animal.


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