O Paraná aumentou em 10,83% as exportações de móveis no primeiro semestre deste ano, passando de US$ 46.902 milhões para US$ 51.983 milhões. O resultado obtido pelos paranaenses ganha destaque se comparado com o desempenho obtido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, primeiro e segundo maiores pólos exportadores, onde as vendas para o exterior cresceram 1,26% e 5,51%, respectivamente.
O Brasil exportou um total de US$ 458,4 milhões diante dos US$ 439,6 milhões vendidos ao mercado externo em 2006, aumento de 4,29%. O índice de crescimento das exportações paranaenses é também superior à taxa nacional. É o segundo ano consecutivo em que as exportações paranaenses crescem acima da média nacional.
Em 2006, as indústrias de móveis enfrentaram dificuldades e as exportações apresentaram queda de 5,4%, exceto no Paraná, que teve um crescimento de 14,64%, com vendas superiores a US$ 105 milhões, considerado excepcional para a época.
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O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, José Luiz Fernandez, considera bom o resultado obtido pelo setor, levando-se em conta o dólar desvalorizado e as dificuldades geradas pelas altas dos insumos e matérias-primas utilizadas pelos fabricantes.
Os principais compradores de móveis brasileiros são Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Qatar, Quênia, Guatemala, Israel, Kuait, Moçambique, Nigéria, República Dominicana, Sudão, Uruguai e Ucrânia.
Pólo moveleiro - No Paraná, de acordo com dados do Simov, o setor conta com 3 mil indústrias, a maioria micro e pequenas empresas, que empregam cerca de 30 mil pessoas. O principal pólo moveleiro fica no Norte do Paraná. São 576 indústrias fabricantes de móveis que geram 15.350 empregos diretos e indiretos.
A cidade de Arapongas concentra o maior número de empresas do setor, no total de 160, que geram 8.643 empregos diretos. Com investimento crescente em tecnologia, o pólo moveleiro é o segundo maior em faturamento do país e está entre os que mais crescem no segmento.
De 2000 até 2006 o faturamento das indústrias do pólo saltou de R$ 480 milhões para R$ 918 milhões, atingindo um crescimento superior 91%. O pólo de Arapongas é, segundo a Abimaq – Associação Brasileira de Fabricantes de Máquinas – um dos que mais investe em maquinários e tecnologias, chegando a ser o principal pólo em expansão do setor no Brasil. E expectativa é que o setor feche o ano de 2007 com um crescimento na ordem de 20%.