Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Desigualdade

Inflação alta prejudica as classes menos favorecidas

Agência Brasil
01 abr 2011 às 15:50

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O aumento dos preços dos alimentos no mercado internacional, nos últimos seis meses, fez com que os valores no mercado doméstico também subissem, provocando reajustes em outros segmentos de comércio e serviços. Isso porque "a indexação ainda é um traço cultural muito forte no Brasil", de acordo com o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo.

A alta dos preços prejudica toda a sociedade, mas, quando se trata de alimentos, especificamente, os mais prejudicados são os mais pobres, porque a alimentação tem maior peso na composição dos seus gastos. Isso é mostrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), para famílias com renda de até oito salários mínimos, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para aquelas que recebem até 40 salários.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Dos sete conjuntos de preços que compõem os dois índices do IBGE, o item alimentos é o que tem maior peso em ambos: de 33,10% no INPC e de 25,21% no IPCA. Em função disso, o IPCA – índice que serve de parâmetro para as correções oficiais – acumulou inflação de 6,01% nos 12 meses terminados em fevereiro, enquanto a inflação pelo INPC no mesmo período foi de 6,36%, apesar de os preços dos alimentos terem tido menor variação em fevereiro, comparado aos meses imediatamente anteriores.

Leia mais:

Imagem de destaque
Crise

Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV

Imagem de destaque
97,5 milhões de ocupados

Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE

Imagem de destaque
Atenção à data

Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Resultado animador

Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC


As famílias de menor poder aquisitivo também são mais prejudicadas em mais dois itens de primeira necessidade, coletados pelo IBGE: habitação e vestuário. Os mais pobres, que não têm casa própria, pagam aluguel indexado ao Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que tem variado em torno de 11% ao ano. As roupas também têm peso no orçamento dessas famílias. A habitação tem peso de 12,53% no INPC e de 10,91% no IPCA, enquanto vestuário pesa 13,16% e 12,49%, respectivamente.

De acordo com coleta de preços nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia, o IBGE verifica que os brasileiros com melhor situação financeira gastam mais com transportes e comunicação (18,77% na composição do IPCA e 11,44% no INPC, respectivamente), despesas pessoais (15,68% e 13,36%) e saúde e cuidados pessoais (8,85% contra 7,56%). Artigos de residência são o único item de preços com peso igual nas duas medições de inflação, com equivalência de 8,09%.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo