A inflação oficial de novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deverá sofrer impacto de pelo menos três itens que pesam no bolso do consumidor brasileiro.
Além do dólar, que tem se valorizado mais ante o real nos últimos dias, o mês terá reajustes nas tarifas de energia, autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e na gasolina, anunciado na última quinta-feira (6) pela Petrobras.
"A energia elétrica e o combustível são dois itens muito importantes no bolso das famílias, com peso grande. As pessoas gastam muito dinheiro com esses dois itens. E ambos têm reflexo relativamente grande sobre vários setores da economia, como a indústria. E tem ainda o calor, já que estamos entrando numa fase mais quente, e o volume de quilowatts aumenta [com o uso de eletrônicos como ar-condicionado]", disse a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.
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Segundo Eulina, o dólar em alta também afeta os preços de diversos produtos no país. "A economia brasileira tem uma dependência grande do dólar, como, por exemplo, no caso dos eletrodomésticos, automóveis e alimentos", destacou Eulina.