A inflação percebida pelas famílias de baixa renda desacelerou em fevereiro. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal de um a 2,5 salários mínimos. O indicador teve variação positiva de 0,25% no mês passado, após registrar alta de 0,86% em janeiro. Com o resultado, o índice acumula aumento de 1,12% no ano e de 5,36% nos últimos 12 meses, até fevereiro.
A taxa do IPC-C1 em fevereiro ficou levemente acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0,24% em fevereiro.
No mês passado, quatro das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram desaceleração em suas taxas de variação. São elas: Alimentação (0,58% para -0,04%); Educação, Leitura e Recreação (3,54% para 0,17%); Transportes (3,25% para 0,71%) e Despesas Diversas (0,29% para 0,27%). Contribuíram para estas desacelerações os itens: hortaliças e legumes (7,17% para -2,71%), cursos formais (9,87% para 0,02%), ônibus urbano (3,60% para 0,78%) e alimento para animais domésticos (2,59% para 0,45%), nesta ordem.
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Por outro lado foi verificada aceleração nos grupos Vestuário (-0,20% para -0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,39%). As principais influências foram dadas pelos itens: roupas (-0,71% para -0,23%) e serviços de saúde (0,33% para 0,89%).
Já o grupo Habitação ficou estável ante a última apuração, com variação de +0,38%. A principal influência positiva veio do item aluguel residencial (0,46% para 0,51%) e o destaque negativo foi registrado pelo item gás de bujão (0,12% para -0,35%).
O grupo Comunicação registrou variação de 0,06%. A principal influência foi exercida pelo item mensalidade para TV por assinatura, cuja variação foi de 0,69%.