A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,36% em maio, ante uma variação de 0,64% em abril, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,37% a 0,47%, com mediana de 0,42%.
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Até maio, o IPCA acumula altas de 2,24% no ano e de 4,99% nos últimos 12 meses. O índice mede a variação de preços para as famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. A variação acumulada em 12 meses atingiu o menor patamar desde setembro de 2010, quando ficou em 4,70%.
Nos 12 meses encerrados em abril, a taxa havia sido de 5,10%. Como resultado, o IPCA acumulado em 12 meses manteve a trajetória de desaceleração iniciada na passagem de setembro para outubro de 2011, quando passou de 7,31% para 6,97%.
Baixa renda
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,55% em maio, após ter registrado alta de 0,64% em abril. Com o resultado, o índice acumulou alta de 2,29% em 2012 e de 4,86% nos 12 meses encerrados em maio. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos.
Alimentos puxam alta
A aceleração na inflação dos produtos alimentícios fez o grupo Alimentação e Bebidas exercer o maior impacto de grupo na taxa de 0,36% no IPCA de maio. O grupo saiu de uma variação de 0,51% em abril para uma alta de 0,73% em maio, o que fez aumentar sua contribuição para o IPCA de 0,12 ponto porcentual para 0,17 ponto porcentual no período.
Os preços dos feijões subiram 9,10% em maio, um pouco menos que os 10,23% registrados em abril. No ano, a alta acumulada é de 49,25%, como resultado da menor oferta do produto, após a safra ter sido prejudicada por problemas climáticos e pela redução da área plantada.
Também pesou mais no bolso do consumidor o arroz, que saiu de uma variação de 0,44% em abril para 2,11% em maio.
Enquanto o agrupamento dos produtos alimentícios acelerou a alta, os produtos não alimentícios tiverem desaceleração, passando de 0,68% em abril para 0,25% em maio.