O presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale, defendeu hoje o critério adotado pelo governo no processo de privatização dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas (Viracopos), de habilitar apenas os concessionários que já tenham operado terminais com fluxo anual acima de 5 milhões de passageiros. Durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse estar apreensivo em relação a esse critério, tendo em vista que o potencial do aeroporto de Brasília chegará a 50 milhões de passageiros.
"Quem administra um aeroporto de 5 milhões tem toda competência para administrar aeroportos ainda maiores", afirmou o presidente da Infraero. Para Vale, acima desse patamar, não faz muita diferença para o operador aeroportuário o tamanho do fluxo de passageiros. Ele disse que a maior dificuldade para o operador está em resolver com "competência" os serviços nos horários de pico dos aeroportos.
O presidente da Infraero citou, como exemplo, que "qualquer administrador" aeroportuário sabe que é mais difícil, em horários de pico, operar o Aeroporto de Guarulhos do que o de Goiânia. "Nós nem iríamos exigir os 5 milhões", afirmou. Ele ressaltou ainda que, se fosse aumentar o patamar para 10 milhões de passageiros por ano, a concorrência seria restrita para 50 a 60 operadores em todo o mundo.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, também defendeu o "corte" em 5 milhões. Para Guaranys, quem administra um aeroporto neste patamar já sabe administrar um aeroporto com certa complexidade.