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Bolsas de valores

Instabilidade nas bolsas é passageira, dizem analistas

Redação Bonde
02 mar 2007 às 15:10

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O presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec) do Distrito Federal, Alexandre Guimarães, avalia como normal o movimento das bolsas de valores de todo o mundo esta semana, acompanhando queda iniciada na última terça-feira na Bolsa de Xangai.

Segundo Guimarães, a retração chinesa era esperada. porque a onda positiva de crescimento da economia do país já se estende pelos últimos cinco anos. "Nenhum mercado fica com tendência de alta por cinco anos seguidos. Ele vai crescendo, crescendo, e uma hora tem que dar uma refrescada", explica ele. O analista lembra que o governo da China já anunciou que vai frear o crescimento.

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Para o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), Edgar da Silva Ramos, a queda no mercado chinês se trata de um problema "pontual". "A China subiu 130% numa bolsa muito fechada, não permeável ao capital estrangeiro, o que faz com que ela tenha suas loucuras, porque passa a ser um mercado extremamente local", explica ele.

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A queda em Xangai, na última terça-feira, levou a um efeito cascata que derrubou bolsas por todo o mundo nesse dia. Ao longo da semana, houve certa recuperação. As quedas nos valores das ações chegaram a repercutir na Bovespa, em São Paulo.

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Para Guimarães, um complicador que contribuiu para a instabilidade do mercado internacional foi uma "bolha imobiliária" nos Estados Unidos. "A oferta de imóveis no mercado norte-americano está muito maior do que a demanda. Os preços tendem a cair, e isso pode também refletir na economia norte-americana."


Guimarães acredita, contudo, que o reflexo dessa situação nas bolsas é passageiro. "Isso aí vai voltar à normalidade. É uma adequação normal de mercado", estima. Ramos, da Andima, por sua vez, acredita que "a nave americana" terá um pouso suave. "Ela ainda está crescendo a 3,5%", diz ele, em relação à economia norte-americana.

Agência Brasil


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