Um ano e meio após fechar acordo e adquirir integralmente os papéis da Vivo, o grupo Telefônica Brasil finaliza no próximo ano a integração entre as empresas.
No período entre 2011 e 2014, a empresa pretende investir R$ 24,3 bilhões, incluindo a construção de um Data Center no valor de R$ 400 milhões em Barueri (SP). O investimento é 52% superior ao registrado nos últimos quatro anos.
As ações da companhia neste ano cresceram 17,2%, atingindo valor de mercado de R$ 54,2 bilhões, enquanto no mesmo período o Ibovespa despencou 15%. Os números mostram que o processo de integração não prejudicou o desempenho da empresa espanhola no Brasil.
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Em 2011, a base de clientes saltou de 72 milhões para 85 milhões de clientes até novembro, crescimento de 18%. Para o próximo ano, a principal meta é ganhar mercado na telefonia fixa fora do Estado de São Paulo.
As cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória já contam com o serviço Vivo Fixo, que mira a classe C com planos a partir de R$ 9,90 por mês. A promessa da operadora é levar a iniciativa a todo o País até o final de 2012.
Outro foco da companhia está na expansão da tecnologia 3G. Até o final deste ano, a banda larga de telefonia móvel estará disponível em duas mil cidades brasileiras. Segundo o presidente da Telefônica Brasil, Antônio Carlos Valente, a cobertura é superior à soma de todas as outras operadoras. "O número poderia ser ainda maior se não tivéssemos a catástrofe natural do Tsunami no Japão, que atrasou em quase seis meses a entrega de equipamentos".
A Telefônica Brasil responde por 43% do mercado de internet móvel do País, e tem como meta para o final do próximo ano levar banda larga a 85% da população brasileira, investindo na tecnologia HSPA+, que aumenta em até três vezes a velocidade obtida no 3G.
A empresa também está de olho no leilão da frequência de 2,5 gigahertz (Ghz), que permite a prestação de serviço de tecnologia 4G, com maior velocidade de banda larga. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a disputa deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2012. "O mercado brasileiro de comunicação é um dos mais competitivos do mundo. Mas vamos ter condições financeiras de participar e ganhar o leilão", garante Valente, lembrando que serão quatro lotes a serem disputados por cinco operadoras.