A Itaipu Binacional atingiu nesta quinta-feira (12), às 8h, a marca recorde de 2,3 milhões de megawatts-hora (MWh), o que a mantém na posição de maior geradora de energia elétrica limpa e renovável do mundo. A nova marca é resultado de toda a energia produzida durante 31 anos e sete meses, a contar de maio de 1984, quando a binacional começou a operar.
Se fosse possível o armazenamento, o volume dessa energia seria suficiente para atender ao consumo de eletricidade do mundo inteiro por 38 dias e dez horas. Essa mesma quantidade também atenderia ao consumo de energia elétrica no Brasil por quatro anos e dez meses e, ainda, à demanda elétrica de uma cidade de grande porte, como São Paulo, por 78 anos.
A Usina de Itaipu responde, atualmente, por 17% de toda a energia elétrica consumida no país. A produção demandada pela binacional é fundamental para a infraestrutura energética, a integração e o desenvolvimento de todo o território brasileiro, destacou o superintendente de Operação da Itaipu, Celso Torino.
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"É uma celebração enorme para a gente. Os dados são importantíssimos para o Brasil, uma vez que nenhuma outra usina ultrapassou a marca dos 2 bilhões de MWh. O número histórico reforça o marco de energia produzida pela Itaipu, que continua como a maior geradora de energia limpa e renovável do mundo, o que contribui não só economicamente com o país, mas também ambientalmente".
A marca recorde da Itaipu ocorre em meio à crise hídrica que atinge alguns estados. O país vive, pelo segundo ano consecutivo, as consequências de fortes estiagens, devido à influência do El Niño. O fenômeno traz chuvas em excesso no Sul e seca intensa no Nordeste brasileiro.
Celso Torino destaca que a produtividade alcançada pela binacional é um avanço em relação à situação hidrológica do país, já que a Itaipu conseguiu aproveitar, somente em 2014, 99,3% dos seus recursos hídricos.
"Produção e produtividade são coisas diferentes. A produtividade se refere à relação entre a quantidade de MWh produzidos e os metros cúbicos de água que foram aproveitados. No ano de 2014, o índice operacional de produtividade foi 99,3%, ou seja, quase 100% de aproveitamento dos recursos hídricos, o que é bom para a situação de escassez que vive o Brasil. A boa notícia é que, neste ano, a produtividade se desenvolve de maneira similar", acrescentou.