A circulação total de jornais no mundo caiu no ano passado, com exceção da América Latina e da Ásia. Mas, ainda assim, esse meio de comunicação alcança mais pessoas do que a internet, de acordo com uma pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês).
Os jornais impressos diários tiveram queda de 2% na circulação, de 528 milhões em 2009 para 519 milhões em 2010. Esses veículos, porém, são lidos por 2,3 bilhões de pessoas no mundo, um número 20% maior do que o 1,9 bilhão de pessoas que a internet alcança.
No mundo, os jornais gratuitos foram os que tiveram a maior queda na circulação, passando de 34 milhões em 2008 para 24 milhões em 2010.
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"A circulação é como o Sol. Está subindo no Oriente e caindo no Ocidente", disse o diretor executivo da WAN-IFRA, Christoph Riess. Ele apresentou a pesquisa anual no Congresso Mundial de Jornais e no Fórum Mundial de Editores, realizado em Viena, na Áustria. A pesquisa foi realizada em 69 países, que correspondem a 90% do mercado global de jornais em termos de receita de vendas e anúncios.
O estudo apontou que a circulação de jornais aumentou na Ásia (7%) e na América Latina (2%), mas caiu na Europa (-2,5%) e nos Estados Unidos (-11%). O país em que os jornais têm maior penetração é a Islândia, em que 96% das pessoas leem diários impressos. Em seguida, aparecem o Japão (92%), Noruega, Suécia e Suíça (82%), Finlândia e Hong Kong (80%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.