A taxa de juros média das operações de crédito para pessoa física teve uma redução de 1,99 ponto porcentual em 2010, segundo a Pesquisa de Juros divulgada hoje pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Em janeiro do ano passado, a taxa média era de 121,96% ao ano e, em dezembro, ela estava em 119,97% ao ano. Nas operações de crédito para empresas, houve uma alta de 0,36 ponto porcentual e a taxa média atingiu 56,45% ao ano em dezembro. No mesmo período, a Selic (a taxa básica de juros da economia) teve uma elevação de 2 pontos porcentuais, chegando a 10,75% ao ano.
Apesar da queda no acumulado do ano, a taxa média de juros para pessoa física voltou a subir em dezembro de 2010, com alta de 0,05 ponto porcentual em relação a novembro. De acordo com o vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as altas podem ser atribuídas a pelo menos três fatores: a elevação dos depósitos compulsórios promovida pelo BC; o aumento do requerimento de capital para as operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses (fator de ponderação de risco); e a provável elevação da Selic por conta da elevação dos índices de inflação.
A maioria das linhas de crédito para pessoa física teve suas taxas de juros reduzidas em 2010. As exceções foram o cheque especial (alta de 6,61 pontos porcentuais, para 140,05% ao ano) e o cartão de crédito (aumento de 1,10 ponto porcentual, para 238,30% ao ano). Entre as linhas de crédito para empresas, a taxa de juros da conta garantida subiu 4,16 pontos porcentuais, para 84,36% ao ano.
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Perspectivas
Segundo Oliveira, tendo em vista as medidas introduzidas pelo BC no início de dezembro, as taxas de juros das operações de crédito devem aumentar nos próximos meses. Mas a Anefac lembra que o sistema financeiro vêm expandindo cada vez mais o crédito às empresas e às pessoas físicas. Esta expansão tende a se acentuar em 2011, em virtude do crescimento econômico do País.