No mês de dezembro, os juros do cheque especial chegaram a 138,1% ao ano, valor abaixo dos 138,7% registrados em novembro, mantendo a trajetória de queda. Antes de novembro, o menor valor alcançado pelos juros do cheque especial havia sido em dezembro de 1999 (138,8%). Com isso, a taxa de dezembro é a menor da série histórica, iniciada em 1994.
A taxa de juros do crédito pessoal , incluindo a modalidade com desconto em folha, ficou em 45,8% ao ano, com queda de um ponto percentual em relação a novembro (45,8%). Os juros anuais do financiamento para a compra de veículos, no entanto, ficaram mais altos, passando de 28,5% em novembro para 28,8%.
Em dezembro, o volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 932,311, o que equivale a 34,7 % do total dos bens e serviços produzidos no país, o Produto Interno Bruto (PIB). O resultado se deve ao aquecimento característico da economia no final do ano em função das festas. Em novembro, o volume de crédito correspondeu a 34,2% da economia, totalizando R$ 909,648 bilhões (número atualizado).
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O índice de inadimplência ficou em 4,3% em relação ao total de crédito. Esse percentual refere-se ao saldo em atraso acima de 90 dias.
Os empréstimos para pessoas físicas somaram R$ 316,822 bilhões, um crescimento de 1,2 % em relação a novembro e de 33,1 % nos 12 meses fechados em dezembro (anualizado). Para as empresas o volume de crédito foi de R$ 342,157 bilhões, 4,4% a mais em relação a novembro e de 31,4 % no anualizado.
O spread - a diferença entre os juros que os bancos pagam nos investimentos (captação) e o que cobram na concessão do empréstimo (financiamentos) - ficou em 11,9 pontos percentuais para empresas e 31,9 pontos percentuais para pessoas físicas. Boa parte do lucro dos bancos vem do spread.
Os dados constam da Nota de Política Monetária e de Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgada hoje (26) pelo Banco Central. Daqui a pouco o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, comenda sobre a nota em entrevista coletiva à imprensa.
AEN