Donos de sete imóveis que serão desapropriados na face sul do Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, participarão de audiências marcadas para o dia 17 de junho, na sede da Justiça Federal. Em reunião realizada nesta segunda-feira (20), representantes da Infraero, da Advocacia Geral da União, das procuradorias do Estado e do Município e da Secretaria Municipal de Obras discutiram a necessidade de se estabelecer um plano para dar a destinação correta aos entulhos gerados pelas desapropriações.
O juiz federal, Gilson Luiz Inácio, coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos, Mediação e Cidadania (Cejuscon), destacou que a Secretaria Municipal de Obras e a CMTU vão se responsabilizar pelo recolhimento e destinação dos materiais. "A medida vai estar prevista em cada sentença", garantiu.
O secretário Municipal de Obras, Sandro Nóbrega, afirmou que a prefeitura fará o que for necessário para agilizar o processo. "Vamos tentar elaborar o plano de recolhimento desses resíduos o quanto antes. Ainda não tenho informação de quanto isso poderá custar".
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Os imóveis ficam ao longo da avenida Salgado Filho, na zona leste da cidade. No total, serão negociadas seis áreas residenciais e parte do terreno da antiga empresa Carambeí. A sede do Tiro de Guerra será readequada com o aumento do recuo do terreno para que parte da área seja cedida à União.
Com a desapropriação de toda a face sul, as aeronaves já conseguirão decolar abaixo do teto necessário, o que facilita a realização das operações. O Superintendente da Infraero em Londrina, Marcus Vinicius Pio, explicou que as "áreas são destinadas à zona de proteção". "São necessários 150 metros para cada lado do eixo da pista com a ausência total de obstáculos para evitar acidentes", destacou.
O Governo do Estado liberou R$ 6.265.800 no dia 30 de abril para a desapropriação dos imóveis restantes na face sul. Até agora, cerca de 40 áreas foram desapropriados ao redor do aeroporto.
Na face norte, há outros 68 imóveis residenciais, além de 14 propriedades rurais e de uma oficina particular que também precisam ser desapropriados. "O custo desta última fase das desapropriações deve ficar entre 36 e 40 milhões", destacou o coordenador do Cejuscon. A liberação dos recursos deve ser negociada com o governo do Estado. Somente após a conclusão de todo o processo será possível dar início à ampliação da pista do aeroporto, à construção de uma nova pista de taxiamento e à instalação do ILS, equipamento que auxilia os pilotos durante as operações.