Por iniciativa do deputado Tadeu Veneri (PT), o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, João Soares, usou a tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (11) para falar sobre o grande número de assaltos a bancos e carros-fortes e explosões de caixas automáticos registrados no Paraná. Além de expor as difíceis condições de trabalho destes profissionais, ele entregou aos deputados um texto contendo propostas para tentar melhorar as condições de segurança do setor, entre elas a exigência de um plano de segurança para instalação de caixas automáticos, em conformidade com orientações da Secretaria estadual de Segurança Pública e vistoriado pelo Corpo de Bombeiros.
Soares citou as recentes ocorrências envolvendo uma agência do Bradesco no bairro Tarumã, em Curitiba, e outra do HSBC em Pinhais, na Região Metropolitana, que resultaram em duas mortes e três pessoas feridas, para enfatizar a inexistência de legislação que especifique lugares apropriados para embarque e desembarque de valores. A seu ver, esse é mais um fator de risco a que se expõe a população. Não raro clientes e transeuntes são tomados como reféns pelos assaltantes, segundo relatou.
Soares pediu ainda que os bancos instalem equipamentos de filmagem discretos e de alta resolução, que facilitem o trabalho de investigação da polícia e a consequente captura dos bandidos. Mostrou dados alarmantes: só neste ano foram registrados 168 ataques a bancos e carros-fortes no Paraná, e 75 explosões de caixas automáticos: "Alguma coisa tem que ser feita. Os bancos se preocupam apenas com o dinheiro, mas são eles que devem custear a segurança de seus clientes, bem como a dos funcionários que lhes prestam serviços", afirmou.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Soares apontou também o descaso das empresas de segurança com seus empregados e a falta de critérios para o armazenamento, o transporte, a venda e a fiscalização de explosivos, o que facilitaria sua aquisição pelas quadrilhas especializadas. Durante sua exposição, Soares foi aparteado pelos deputados Adelino Ribeiro (PSL), Pedro Lupion (DEM), Elton Welter (PT), Luciana Rafagnin (PT), Leonaldo Paranhos (PSL) e Rasca Rodrigues (PV), que se solidarizaram com as reivindicações dos profissionais da área e elencaram os vários projetos que tramitam ou tramitaram na Casa com a finalidade de oferecer melhores condições de trabalho à categoria e maior segurança à população.