Os líderes de Itália, França, Espanha e Alemanha concordaram em apresentar um pacote de medidas de crescimento estimado em 130 bilhões de euros na cúpula da União Europeia que acontece na próxima semana. O pacto, fechado em um encontro em Roma, é uma forma de tentar recuperar a economia do bloco e compensar os efeitos negativos das medidas de austeridade que estão sendo adotadas em muitos países. Mas ainda existem poucos detalhes sobre as medidas.
"Os mercados precisam saber que o euro está aqui para ficar, e todos estamos comprometidos com isso", afirmou o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, após se encontrar com a chanceler alemã, Angela Merkel, o premiê espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente francês, François Hollande. Ele acrescentou que a UE tem adotado algumas ações para combater a atual crise da dívida soberana, "mas não tem sido suficiente, incluindo com relação ao crescimento".
Falando a centenas de jornalistas em uma vila próxima da capital italiana, os quatro líderes deram poucos detalhes sobre assuntos mais polêmicos, incluindo a compra de bônus soberanos pelos fundos de resgate da zona do euro. "Houve um acordo entre todos nós que todos os mecanismos necessários para atingir a estabilidade financeira na zona do euro serão implementados", comentou Rajoy. Ele disse que a Linha de estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) poderia comprar dívidas soberanas nos mercados secundários, mas não deu mais informações sobre o assunto.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Hollande afirmou que a UE deveria usar seus atuais mecanismos de estabilidade integralmente, mas também não entrou em detalhes. Ele disse ainda que é preciso uma maior integração fiscal e monetária antes da implementação de um bônus comum da zona do euro (eurobônus), mas também alertou que isso não pode demorar dez anos. O líder francês se disse contra medidas de austeridade, mas afirmou que uma postura séria quanto ao orçamento não é "austeridade".
Já Merkel comentou que crescimento e finanças sólidas são os dois lados de uma mesma moeda. Ela disse que apoia o pacote de crescimento, de 130 bilhões de euros, e que é preciso "lutar pelo euro".
Os líderes concordaram também em fazer melhor uso do Banco Europeu de Investimento (BEI), como uma forma de promover o crescimento econômico. E Monti disse que as autoridades da UE e do Banco Central Europeu (BCE) estão preparando planos para defender a união monetária. As informações são da Dow Jones.