Três em cada quatro imóveis residenciais usados à venda em Londrina custam mais do que R$ 200 mil, o que revela, principalmente, a falta de opções de compra para famílias de menor renda. Os números, divulgados na semana passada pelo Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR) e relativos a janeiro, apontam ainda que 28,4% custam mais de R$ 450 mil.
Os imóveis que se enquadram no Minha Casa Minha Vida, programa que oferece subsídio do governo federal e juros reduzidos, são os mais difíceis de se encontrar. Executivos do setor imobiliário dizem que o aumento de preços tem origem justamente no programa, que elevou a demanda de um público que não tinha acesso a moradias próprias anteriormente, mas que passou a aproveitar o crescimento da renda no País.
O presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil), Marco Antonio Bacarin, afirma que os trabalhadores com renda de até R$ 1,6 mil mensais ainda têm a chance de encontrar moradias dentro de loteamentos criados em parceria com a prefeitura. "O problema é quando entra na faixa de preços entre R$ 100 mil a R$ 145 mil. Esses desapareceram", afirma.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Diretor da regional Norte do Paraná do Secovi, Rosalmir Moreira conta que a demanda reprimida por imóveis para famílias de até seis salários mínimos (R$ 4,344 mil) gerou um boom de novos empreendimentos, mas com reflexo nos já construídos. "Houve maior facilidade para se obter financiamentos bancários, também pelo aumento da renda, o que aumentou a procura e elevou o preço."
Leia a reportagem completa na edição desta segunda-feira da Folha de Londrina ou na FolhaWeb.