Londrina vem perdendo empresas para cidades menores. As firmas preferem se transferir para municípios da região, como Cambé e Rolândia, por causa da agilidade demonstrada pelas cidades na hora de oferecer incentivos. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), pelo menos quatro empresas deixaram a cidade só no ano passado.
"O empresário procura clima favorável e rapidez na tramitação da burocracia. Ele prefere isso até mais do que doações ou incentivos. É por isso que perdemos as empresas. Ainda mais se levarmos em conta o momento político conturbado que Londrina viveu nos últimos anos", destacou o presidente da Codel, Bruno Veronesi, nesta quinta-feira (7), durate visita à Câmara Municipal.
Ele contou aos vereadores que a Codel está tentando resgatar empresas que já decidiram deixar a cidade, como a Sonhart (confecções), a Auditorium (vestuário), a GNB (baterias), a Baxega (alimentos) e a Sávio Sorvetes. Todas estão atrás de expansão. A Baxega, por exemplo, quer deixar a zona residencial onde continua instalada para ampliar a produção. A panificadora gera 140 empregos diretos atualmente.
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A Sávio tem a pretensão de unificar todas as fábricas, espalhadas por Londrina, em uma só, em local que pode ser fora da cidade. "Estamos fazendo uma série de reuniões com os empresários e pedindo que eles deem uma nova chance ao município. As empresas criam emprego, renda e imposto, são importantes. Mais do que atrair novas empresas, a Codel deve trabalhar em evitar que nossas firmas não saiam da cidade", destacou.
A Codel oferece incentivo fiscal e áreas de referência às empresas. Bruno Veronesi lamentou o fato de o município ainda não ter aprovado a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo. A norma cuida, diretamente, do zoneamento urbano e define quais são as áreas da cidade que podem receber novas firmas e indústrias. "Hoje nós temos muita dificuldade em mostrar áreas aos empresários. Isso dificulta tudo. É tudo muito demorado", criticou.