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Balança comercial

Londrina fecha semestre com superávit de US$ 213 milhões

Rafael Fantin - Redação Bonde
06 ago 2013 às 15:35

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Apesar do Brasil ter fechado a balança comercial do primeiro semestre com um déficit de US$ 3 bilhões, o pior resultado desde 1995, Londrina terminou os primeiros seis meses do ano com saldo positivo US$ 213,3 milhões, o que significa redução de 10,4 % em relação ao superávit registrado entre janeiro e junho do ano passado.

Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o volume de exportação e importação realizadas por empresas da cidade bateu os números do primeiro semestre de 2012. Neste ano, Londrina exportou US$ 422,4 milhões, principalmente produtos da agropecuária, como soja, café e milho, com acréscimo de US$ 12,9 milhões, 3,15% acima das exportações no mesmo período do ano passado.

Entre as importações, o volume foi 22% superior em relação ao primeiro semestre de 2012, com US$ 209 milhões gastos em produtos de fora do Brasil. A lista de países é liderada por Israel, China, Argentina, Alemanha e Estados Unidos. O principal produto importado para Londrina foi "partes de elevadores" com a despesa de US$ 13,8 milhões até junho.

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Segundo o diretor da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Fernando Kireeff, a redução do saldo positivo da balança comercial – diferença entre exportações e importações – foi motivada pela queda do preço do café. Segundo ele, o volume de exportação foi mantido, mas o valor de comercialização influenciou de maneira negativa o resultado final.

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A soja é o principal produto "made in Londrina" e foi responsável pelo montante de US$ 179 milhões em exportações no primeiro semestre. A queda do produto para atender o mercado externo foi de 4,68% em relação ao mesmo período de 2012. Já a exportação de café em grãos não torrado e não descafeinado caiu 44,42% nos primeiros seis meses do ano, quando US$ 29 milhões foram gerados com a venda do produto para fora. O café solúvel manteve praticamente o mesmo rendimento do ano passado com US$ 93 milhões em exportação, o que significa queda de apenas 1,64%.

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"Atualmente, a expectativa de crescimento da China é de 7%, mas já foi de 10%. Essa queda influencia as exportações de commodities em todo o mundo", comentou o diretor da Acil. A China é o principal destino dos produtos londrinenses, sendo que apenas no primeiro semestre do ano a movimentação financeira foi de US$ 159,6 milhões, 8,88% abaixo dos primeiros seis meses de 2012.


Em alta, o couro bovino exportado de Londrina, principalmente, para Itália teve um aumento de 35,34% no primeiro semestre de 2012 e ocupa a quinta colocação com volume de quase US$ 30 milhões no período. A Itália aparece na segunda colocação com US$ 42 milhões entre os países atendidos por produtos londrinenses.

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Fernando Kireeff lembrou que a alta nas importações de petróleo por causa da queda na produção interna foi um principais pontos que provocaram o resultado deficitário da balança comercial brasileira no semestre. "Londrina ficou de fora da curva em relação ao Brasil", resumiu.


Codel quer exportar produtos com maior valor agregado

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Para melhorar o saldo positivo da balança comercial, o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, afirmou que o objetivo da atual administração é "reverter" o quadro entre exportações e importações com a comercialização de manufaturados para o mercado exterior. "São produtos com maior valor agregado comparado com a venda de matéria prima", ressaltou.


Veronesi lembrou que, para atingir essa meta, a Codel projeta a instalação de parques industriais na cidade, com intuito de atrair novas empresas. "É necessário investir em tecnologia para concorrer com indústrias estrangeiras. Isso é muito importante, pois coloca o produto do município e o nome da cidade em outros países e abre novos mercados."

O presidente da Codel ainda incentivou a importação de máquinas e equipamentos por parte das empresas instaladas em Londrina. "No primeiro momento, diminui o saldo da balança comercial, mas melhora a produtividade com a modernização da indústria local, o que é fundamental para a venda de produtos com maior valor agregado", analisou.


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