O juiz da 7ª Vara do Trabalho de Londrina, Mauro Vasni Paroski, condenou a empresa Iguaçu do Brasil a indenizar um trabalhador em R$ 30 mil. A sentença do último dia 5 é a primeira condenação na área trabalhista sofrida pela construtora, que foi investigada pelo Ministério Público de Londrina na operação "Casa de Papel".
Segundo informações do advogado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracom) de Londrina, Jorge Custódio, o sócio oculto Guidimar dos Anjos Guimarães foi condenado a responder solidariamente junto com ao Grupo Iguaçu do Brasil, comandada pelo ex-prefeito de Mandaguari, Carlos Alberto Campos de Oliveira.
Na sentença, o juiz afirma que "com base nas provas colacionadas àqueles autos, já se convenceu da existência de fortes indícios da formação da sociedade".
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"Existem outros processos em andamento entre R$ 6 mil e R$ 80 mil. Calculamos que as indenizações podem chegar até a R$ 1 milhão apenas entre os trabalhadores da construção civil", projetou Custódio.
De acordo com a sentença, o trabalhador, autor da ação, foi dispensado sem aviso prévio em 10 de abril de 2013 e até hoje não recebeu o saldo dos salários de abril e as verbas rescisórias. O juiz condenou o pagamento de R$ 3 mil por danos morais.
A defesa de Guidimar Guimarães afirmou que vai recorrer da sentença em primeira instância e disse que a decisão baseou-se em depoimentos de outros reclamantes, que também possuem ação trabalhista contra o Grupo Iguaçu do Brasil.
O caso veio à tona no início de 2013 quando um grupo de clientes procurou o Ministério Público para denunciar que os imóveis comercializados pela construtora de Maringá não eram edificados. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina ofereceu denúncia contra oito pessoas envolvidas nas fraudes.