O Sindicato dos Bancários de Londrina e Região atualizou, no início da tarde desta terça-feira (6), o número de agências que aderiram ao movimento nacional e iniciaram a greve da categoria. Até o momento, a cidade contabiliza 24 bancos com serviço interrompido. O fechamento começou pelo centro e deve se estender ao longo da semana para o resto de Londrina. Cerca de 971 bancários cruzaram os braços no primeiro dia de paralisação. Outras 11 agências da região seguiram o mesmo caminho e fecharam as portas.
De acordo com a presidente do sindicato, Regiane Portieri, a adesão foi classificada como 'espontânea, já que muitos profissionais deixaram de trabalhar por conta própria. Sem dúvida, é uma resposta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que não tem atendido as nossas reivindicações', completou. A expectativa é que 100% da categoria faça parte do protesto até quarta-feira da semana que vem. Londrina possui 87 agências bancárias e 2.157 postos de trabalho.
Além de Londrina, a paralisação cresce aos poucos em outros municípios do Norte do Paraná. Na região de Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, já são 14 bancos fechados e 25 em Apucarana e região. No Noroeste, Campo Mourão conta com 28 agências sem atendimento; Paranavaí e região contabilizam a adesão de 24 bancos. Em todo o Paraná, já são mais de 360 em greve.
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O sindicato garantiu que o atendimento a pensionistas e aposentados permanece mantido, assim como 'em toda greve que fazemos', reforçou Regiane Portieri. O Núcleo de Proteção ao Consumidor de Londrina (Procon) emitiu nota orientando os consumidores a pagar contas durante o período de paralisação, que não tem previsão para acabar. ''Por enquanto, não há nenhum rodada de negociação agendada com a Fenaban'', garantiu a presidente do sindicato.
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.