Cerca de 100 pessoas participaram neste sábado (2) de um protesto no centro de Curitiba contra o aumento dos combustíveis determinado pelo governo federal no início da semana. Os manifestantes percorreram ruas da Capital com faixas do movimento intitulado "Na mesma moeda" e organizado pelas redes sociais.
Os manifestantes são os mesmos que, em novembro de 2012, realizaram carreatas pelos postos de combustíveis de Curitiba e abasteciam os veículos com apenas R$ 0,50 e ainda pediam nota fiscal. Foi a forma que o grupo encontrou para protestar contra o aumento de preços ocorrido no final de outubro na Capital.
Segundo o organizador do movimento, Nilson Castro, desta vez o grupo escolheu fazer uma passeata. "A gente sabe que isso [o protesto] não vai mudar nada, mas queremos mostrar a nossa indignação. Mas ainda vamos tentar conversas com o Sindicombustíveis para saber com mais clareza sobre esses aumentos". O protesto foi acompanhado pela Polícia Militar.
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A última elevação nos preços valia apenas para a gasolina, que passou para patamares entre R$ 2,92 e até acima dos R$ 3,00, e para o diesel, que agora está com preço acima de R$ 2,09 em alguns postos da Capital. Porém, vários estabelecimentos também aumentaram o preço do etanol, que ultrapassou a marca dos R$ 2,00.
"A pergunta é: por que o álcool acompanhou o aumento? Foi o mesmo que aconteceu em outubro. Vários postos aumentaram juntos os preços e isso sem a participação do governo", reclama Castro sobre uma espécie de elevação padronizada nos preços dos combustíveis na Capital.
O aumento no preço dos combustíveis foi determinado pela Petrobras na terça-feira (29). A gasolina foi reajustada em 6,6% e o diesel em 5,4% nas refinarias. O repasse do aumento ao consumidor foi feito por muitos postos no mesmo dia do elevação de preços das refinarias.