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Mantega admite medidas impopulares para conter inflação

Agência Estado
12 abr 2013 às 13:21

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- Elza Fiuza/ABr
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, em São Paulo, que o controle da inflação é tão importante quanto a solidez fiscal e avaliou que o governo tem cumprido metas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos anos. "Nos últimos cinco anos estamos cumprindo meta de inflação". Mantega admitiu que o governo não titubeará em adotar medidas impopulares, como a alta na Selic, a taxa básica de juros.

"O governo tem dado atenção ao combate da inflação e posso assegurar que em 2013 não será diferente. Vamos tomar medidas, mesmo que não populares, como o ajuste na taxa de juros", disse.

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Mantega garantiu que o cenário político - já que em 2014 haverá a eleição para presidente - não influenciará nas ações do governo para combater a alta nos preços. "Não nos pautamos por calendários políticos. A área economia não se pauta por calendários políticos", garantiu.

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Ele lembrou que ano passado houve a valorização do real e isso causou inflação, com um ajuste posterior na moeda norte-americana. "Essa inflação é passageira e se câmbio não sofrer novas quedas, não afetará a inflação."

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Ele afirmou, inclusive, que atualmente o câmbio é menos valorizado do que foi no passado e que as mudanças em curso no Brasil demoram para surtir efeitos. O ministro avaliou que o juros altos levaram o setor produtivo a fazer operações financeiras e que "quando se reduz juros, o setor produtivo investe". "Está havendo uma transição de juros altos para aumento de produção", disse.


O ministro voltou a citar o programa de desonerações implantado no País pelo governo. Segundo ele, as desonerações chegam a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e atingirão R$ 70 bilhões em 2013. "Para 2014 está programada uma desoneração de R$ 88 bilhões, quase 2% do PIB", disse o ministro, citando que 42 setores já estão sendo beneficiados pela desoneração da folha de pagamento e outros engrossarão o grupo.

Otimista, o ministro afirmou que a reforma do ICMS ainda tem chance de ser aprovada no primeiro semestre deste ano e que a próxima reforma será a do PIS/Cofins.


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