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Insubordinação

Mantida justa causa de trabalhador que entrou em greve sem avisar sindicato

Redação Bonde com TST
17 set 2015 às 18:16

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- Reprodução/Pixabay
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A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a demissão por justa causa de um soldador que decidiu interromper a jornada para negociar reajustes salariais e melhores condições de trabalho, sem intervenção sindical. De acordo com os ministros, ficou constatada a insubordinação e a indisciplina do empregado no protesto.

O trabalhador se juntou a outros 22 funcionários do estaleiro Navship Ltda., que resolveram interromper a jornada de trabalho na busca de aumento salarial. Parados no pátio da empresa, eles chamavam os demais e pleiteavam direitos em voz alta. Diante da falta de acordo em relação às propostas apresentadas aos superiores, saíram da empresa sem cumprir o expediente. No dia seguinte, foram demitidos por justa causa, o que motivou ação trabalhista.

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Em defesa, a empresa alegou que foi vítima de um "motim" e que essa situação tornou inviável a relação de trabalho uma vez que os envolvidos estavam ameaçando os demais empregados que continuavam trabalhando.

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Ao indeferir o pedido de reversão da justa causa, o juiz de origem avaliou que ainda que as reivindicações fossem legítimas, a tomada da decisão de parar as atividades e o abandono do posto de trabalho durante a jornada importou na prática de atos de insubordinação deliberada.


A decisão foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), que considerou que os fatos descritos autorizam o rompimento do contrato por justa causa. "A reivindicação deve ser canalizada pelas entidades sindicais, pois é no plano da negociação coletiva que devem ser alcançados direitos pleiteados por uma determinada categoria."

Em recurso ao TST, o trabalhador argumentou que o não retorno imediato ao trabalho não enseja rescisão por justa causa, e que o direito de greve é garantia constitucional do trabalhador, o qual não está condicionado à participação sindical. No entanto, a relatora do processo, ministra Dora Maria da Costa, manteve a decisão das instâncias anteriores. Para ela, ficou constatada a insubordinação e a indisciplina dos empregados envolvidos. A decisão foi unânime.


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