O primeiro vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta terça-feira, após reunião no Ministério da Fazenda, que "uma manutenção do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) reduzido para veículos permite a manutenção de um preço mais vantajoso dos automóveis para o mercado como um todo". Segundo ele, o preço mais baixo sempre é um elemento que alavanca de vendas. Moan, no entanto, evitou fazer comentários mais detalhados sobre a posição da entidade em relação à prorrogação do IPI reduzido, que termina na próxima semana.
De acordo com Moan, o setor espera que haja uma análise do governo na próxima semana sobre a prorrogação e aguarda também ser chamado para uma nova reunião e, assim, ter uma posição mais firme sobre o tema. Ele disse que os últimos dados mostram o nível de estoques em torno de 32 dias. O normal, segundo ele, fica entre 30 dias e 32 dias.
O dirigente esteve reunido com o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, para apresentar sugestões ao decreto de regulamentação do regime automotivo, que foi editado este mês pelo governo. Moan disse que a Anfavea propôs "duas ou três mudanças redacionais", mas não entrou em detalhes sobre quais seriam essas alterações. Ele assegurou que essas sugestões não representam mudanças significativas no texto do decreto.
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Moan assegurou que não conversou com Oliveira sobre a prorrogação do IPI reduzido. O dirigente foi ao ministério acompanhado por vários representantes do setor. A reunião durou mais de três horas.