O juro médio cobrado de pessoas físicas e jurídicas por instituições financeiras caiu no mês de abril, segundo dados divulgados hoje (9) pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Em 2012, essa foi a terceira redução das taxas para pessoas físicas, que atingiu seu menor nível desde 1995. Para pessoas jurídicas, essa foi a quarta queda no ano.
A taxa média cobrada de pessoas físicas ficou em 6,25% ao mês (106,99% ao ano), uma redução de 0,08 ponto percentual (p.p.) ante março, quando o juro médio cobrado foi 6,33% (108,87% ao ano). Das seis linhas de crédito pesquisadas, apenas a taxa do cartão de crédito rotativo se manteve inalterada em 10,69% ao mês. Todas as demais foram reduzidas, com destaque para o empréstimo pessoal em bancos que passou de 3,84% ao mês na apuração anterior para 3,69% em abril.
O comércio reduziu em 2,05% a taxa média cobrada, passando de 4,87% ao mês, para 4,77%. O juro do crédito direto ao consumidor (CDC) para financiamento de automóveis caiu de 1,97% no mês em março para 1,94% no último levantamento. O cheque especial e o empréstimo pessoal em financeiras sofreram retração de 0,72% (8,34% para 8,28%) e 1,45% (8,26% para 8,14%), respectivamente.
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O juro médio sobre as operações de pessoas jurídicas caiu de 3,7% ao mês em março (54,65% ao ano) para 3,63% em abril (53,4% ao ano). As três linhas de crédito consideradas apresentaram reduções nas taxas. A maior queda foi encontrada na taxa média dos descontos em duplicatas, que passou de 2,78% para 2,68%. Em seguida aparece o capital de giro, cuja taxa saiu de 2,24% ao mês para 2,16%. As duas linhas atingiram o menor patamar desde 1999. A conta garantida apresentou uma retração menos expressiva, passando de 6,07% ao mês para 6,05%.
Segundo a Anefac, a retração do juro médio pode ser atribuída à maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) promoverem reduções em suas taxas de juros, que foram acompanhadas pelas principais instituições financeiras privadas. A queda da taxa básica de juros (Selic), que foi reduzida em 0,75 p.p., passando de 9,75% para 9%ao ano, e a redução nos índices de inadimplência, também são fatores de influência.