O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no dia 13 do mês passado a desoneração da folha de pagamento para mais 25 setores industriais e empresariais do país. O benefício vai passar a valer a partir do próximo ano. Um dos setores beneficiados é o do transporte coletivo. Em Londrina, duas empresas do ramo podem ter os faturamentos influenciados pela medida.
Pela iniciativa, as empresas e indústrias beneficiadas vão deixar de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento e passarão a recolher entre 1% e 2% sobre a folha de pagamento. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) leva em conta a mudança na análise da planilha de custos do transporte coletivo.
O órgão já fez a solicitação às duas empresas para o encaminhamento de documentos que podem mostrar se a desoneração tributária vai ajudar a equilibrar a receita e as despesas das companhias. O possível equilíbrio pode refletir na manutenção do preço da passagem de ônibus em Londrina. "Existem ramos empresariais, também atingidos por esta lei, que dizem que foi trocado seis por meia dúzia, que o impacto é muito pequeno. A gente vai fazer essa comparação, como era a planilha com os 20% sobre a folha de pagamento e como é a planilha com os 2% sobre o faturamento. E aí nós teremos a resposta sobre qual é a diferença, se ela existir, em termo de valores absolutos, para que aí sim nós consigamos saber se haverá ou não haverá a necessidade do reajuste", explicou o diretor de Transportes da CMTU, Wilson de Jesus.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
As empresas alegam que estão há 18 meses sem recomposição tarifária. A CMTU informa que já fez a análise das despesas das empresas e admite que constatou aumentos significativos nos preços dos combustíveis, de insumos e da manutenção e troca de veículos. "A gente está trabalhando agora com a receita, com o outro lado da balança, para contrapor e verificar se há ou não desequilíbrio", concluiu Jesus.