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Cenário ruim

Mercado de imóveis comerciais só se recupera em 2017

Agência Estado
04 mai 2015 às 09:16

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O mercado de escritórios comerciais, que é um dos principais negócios da WTorre, vive um período de baixa, com previsão de se recuperar apenas entre 2017 e 2018, segundo especialistas ouvidos pelo Estado. A combinação de altos estoques e baixa demanda tem colocado esse segmento em perspectiva.

"O mercado vai piorar muito antes de melhorar", disse Máximo Lima, sócio-diretor da gestora Hemisfério Sul Investimentos (HSI).

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De acordo com Roberto Patiño, diretor de transações da consultoria imobiliária JLL(Jones Lang LaSalle), o momento é de cautela. "Para cada 5 metros quadrados construídos, 1 metro quadrado está à espera de locatário", disse.

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O Estado de São Paulo é o principal mercado do País. As áreas mais nobres ficam na região das avenidas Faria Lima, Paulista e nos bairros do Itaim, Vila Olímpia e Berrini. O estoque total é de aproximadamente 13,7 milhões de metros quadrados, com preço médio de locação de R$ 93 o metro quadrado. A taxa de vacância está em 22,5%.

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Segundo maior mercado do País, o Rio de Janeiro tem o aluguel mais caro por metro quadrado, em média de R$ 122 por mês. A taxa de vacância está em 22,1%. "Vejo uma recuperação desse mercado para os próximos três anos", disse Patiño. "Os projetos novos estão mais escassos e as empresas estão focadas em entregar os empreendimentos em andamento."


De acordo Lima, do fundo HSI, o preços dos ativos ainda está alto. Primeiro, segundo ele, caem os preços de aluguel, para depois se refletir no preço de venda desses imóveis. "Os preços para locação estão caindo nos últimos 18 meses, em torno de 30%", disse.

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Lima afirmou que o apetite dos fundos por esse tipo de empreendimento arrefeceu. "Aquisições nessa área serão pontuais."


Demanda

Na contramão do mercado imobiliário, há uma forte demanda no País por galpões logísticos, de acordo com a JLL. Há 28 milhões de metros quadrados construídos nesse segmento e há projetos para entrega de mais 15 milhões de metros quadrados até 2017. De acordo com Patiño, há grandes grupos com o foco nesse segmento.


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