A fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) não renovou a licença remunerada e demitiu 244 funcionários no final do ano, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
A Mercedes não confirmou o número, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que uma pequena parte dos 1,2 mil trabalhadores foram demitidos. De acordo com a empresa, a maioria dos empregados de São Bernardo do Campo tiveram a licença remunerada renovada até 30 de abril.
A Volkswagen também está demitindo 800 metalúrgicos da fábrica Anchieta, na região do ABC Paulista. Contra a decisão, os empregados decidiram, durante assembleias no início da manhã e no meio da tarde de hoje (6), entrar em greve por tempo indeterminado até que as demissões sejam revertidas.
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"Temos um acordo com a empresa. O acordo feito em 2012 não permitia nenhuma demissão. As demissões ou eram por meio de PDV [plano de demissão voluntária] ou quando desse o tempo de aposentadoria, o trabalhador saía com incentivo financeiro. Qualquer outra demissão tinha de ser por justa causa. Essas garantias é que foram rompidas pela fábrica", disse Wagner Santana, secretário-geral do sindicato dos metalúrgicos.
No total, a fábrica emprega 13 mil funcionários. A assessoria de imprensa do sindicato informou que os metalúrgicos estão dentro da fábrica, mas permanecem de braços cruzados. A Volkswagen não se manifestou sobre a greve.