Os 3.650 metalúrgicos da unidade da Bosch instalada na Cidade Industrial de Curitiba não aceitaram a nova proposta da empresa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Os trabalhadores mantiveram a greve iniciada na sexta-feira. Já os 950 trabalhadores do setor administrativo concordaram com a proposta feita pela empresa e retornaram ao trabalho.
Se houver nova proposta, os metalúrgicos voltam a se reunir amanhã. Do contrário, a nova assembleia será realizada somente na segunda-feira. A Bosch ofereceu PLR de R$ 6 mil para 100% das metas e R$ 7 mil para 115% das metas. A primeira parcela seria paga em 1º de julho, no valor de R$ 5,2 mil. O sindicato disse que metas superiores a 100% são "inatingíveis". A justificativa é de que elas já estão "extremamente arrochadas". Segundo a entidade, os valores oferecidos pela Bosch estão abaixo do que o mercado vem pagando.
"Temos que considerar o valor para 100% das metas, porque na Bosch jamais foi alcançado acima de 104%, e R$ 6 mil está muito abaixo do valor reivindicado pelos trabalhadores", disse o presidente do sindicato, Sérgio Butka. O sindicato apresentou à empresa um pedido de, no mínimo, R$ 9 mil para 100% das metas. A empresa produz bombas injetoras para sistemas a diesel em Curitiba.
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Em nota, a Bosch disse que a proposta enviada pela empresa foi aprovada pelos trabalhadores, mas o sindicato decidiu dar continuidade à mobilização "com a minoria que votou contra a proposta". "Considerando que essa atitude tomada pelo sindicato não observa o disposto na legislação, que prevê que o voto da maioria deve ser respeitado, a Bosch está tomando as medidas legais para que se faça valer a decisão da maioria dos trabalhadores, inclusive no sentido de garantir a entrada e saída da fábrica em segurança". Segundo a empresa, quem for trabalhar não terá desconto dos dias parados. A Bosch afirmou ainda que, em 2010, a maioria dos trabalhadores excedeu os 100% das metas.