Os metalúrgicos da Renault, Volvo e da Volkswagen-Audi que trabalham nas unidades da Grande Curitiba mantêm a paralisação inciada nesta quarta-feira (20) até a manhã de sexta-feira (22).
Em assembléia realizada hoje de manhã os trabalhadores recusaram a terceira proposta doSindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) - reajuste salarial de 2,85%, aumento real de 2,10% e abono de R$ 250,00.
Os trabalhadores querem 5% de aumento real e 2,85% de reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses.
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Novas assembléias serão realizadas a partir de amanhã. Se a próxima oferta for novamente recusada, em qualquer uma das montadoras, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) vai cortar negociações com o sindicato patronal e partir para a conversação empresa a empresa.
A data-base (mês de negociação salarial) da categoria é em setembro. Nesse ano, estão sendo negociadas apenas as cláusulas econômicas, já que as cláusulas sociais foram negociadas por dois anos, ou seja, vigoram até 2007.
Produção
Com a paralisação, os 3,5 mil trabalhadores da Renault deixam de produzir 250 veículos por dia - modelos Clio, Senic e Megane. Cerca de 85% da produção da montadora francesa é negociada com o mercado interno. O restante é exportado para Argentina, Uruguai, Venezuela, Marrocos e Cuba. A Volkswagen-Audi de São José dos Pinhais tem 3,8 mil funcionários, responsáveis pela fabricação dos automóveis Fox, Golf e Audi A3. A empresa produz até 810 veículos ao dia, sendo que 60% da produção é negociada com o mercado interno e 40% com o externo. Já a Volvo tem cerca de 1,8 mil trabalhadores, produz, diariamente, de seis a oito ônibus e 32 a 35 caminhões . A fábrica exporta 30% de sua produção e vende os outros 70% ao mercado interno.