O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) criticou o reajuste na passagem de ônibus anunciada pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD) na tarde desta quarta-feira (20).
Em nota enviada à imprensa, a entidade argumenta que "o reajuste de 8,51%, ou seja de R$ 2,35 para R$ 2,55, não cobre sequer os aumentos salariais que as empresas já concederam a seus empregados em 2011 e 2012, que totalizam 14,62%."
Além disso, a Metrolon afirma que a decisão da prefeitura em aumentar a tarifa para apenas R$ 2,45 atrapalha a negociação entre empresas do setor e empregados que aprovaram indicativo de greve na última segunda-feira (18). "Neste momento, quando as concessionárias estão em plena negociação com o Sindicato dos Empregados para o reajuste salarial 2013, esta nova tarifa divulgada hoje dificulta ainda mais a possibilidade das partes chegarem a um acordo", declarou a Metrolon.
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A entidade lembra que tinha um compromisso com a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) "de que o assunto seria tratado de forma exclusivamente técnica." Durante reuniões ocorridas no início deste ano, a Metrolon alega que as concessionárias solicitaram que, além da recomposição do valor da tarifa, fossem consideradas todas as perdas ocorridas desde fevereiro de 2012. "A CMTU se comprometeu a avaliar todas as reivindicações e, em 17 de janeiro, entregou a planilha para o prefeito", acrescentou.
Em tom de indignação, a Metrolon termina a nota comentando a retirada da cláusula que apontava para os lucros das empresas e garante que o assunto não foi discutido com CMTU. "Mais surpresas ficaram as concessionárias com a notícia divulgada pela imprensa de que o lucro estabelecido em cláusula contratual foi subtraído dos cálculos que compõem a planilha, pois em nenhum momento essa possibilidade foi discutida entre CMTU e concessionárias na reuniões realizadas", disparou.