A possível vitória do governo pelo reajuste menor do salário mínimo, para R$ 545 e não para R$ 580 como chegaram a defender as centrais sindicais, vai conferir à Previdência Social uma "economia" de R$ 6,440 bilhões este ano.
O cálculo foi feito pela Agência Estado com base em um estudo interno realizado pelo Ministério da Previdência. Segundo o levantamento, para cada R$ 1 de aumento do salário mínimo há um aumento das despesas da ordem de R$ 198,3 milhões e elevação das receitas em R$ 14,2 milhões, conferindo um impacto líquido de R$ 184 milhões por ano.
Mesmo assim, o reajuste para R$ 545 é o responsável pelo aumento da estimativa feita hoje pela pasta de que o rombo da Previdência em 2011 será de R$ 42,4 bilhões. A estimativa de déficit anterior, sem levar em conta a elevação, estava em R$ 41,3 bilhões.
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Os números do estudo do Ministério levam em conta apenas o impacto direto na Previdência. Se for considerada a despesa total com o aumento do mínimo, o impacto sobe para R$ 286,4 bilhões por ano. Isso porque o salário é referência também para abono e seguro-desemprego, cujos pagamentos ampliam-se em R$ 56 milhões por ano a cada R$ 1 conferido de elevação. No caso da Renda Mensal Vitalícia (RMV), o impacto anual é de R$ 3,2 milhões a cada R$ 1 e o da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) é de R$ 43 milhões por ano.