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Álcool combustível

Ministro diz que não há razão para aumento de preços

Redação - Bonde
05 jan 2007 às 18:18

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Carlos Guedes Pinto, reafirmou nesta sexta-feira (05) que os estoques de álcool estão em 5 bilhões de litros. Como o consumo mensal é de aproximadamente 1,1 bilhão de litros, ele estima que dá para chegar a meados de abril, quando se inicia a próxima safra, com mais de 500 mil litros.

"O estoque é bastante confortável, e não há justificativa para reajustes substanciais do preço do álcool", afirmou o ministro. A reação do ministro é uma resposta ao aumento de 25% nos preços do produto, nos últimos 15 dias, segundo as contas do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo.

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Guedes disse que, apesar do aumento, o preço praticado hoje ainda é menor que os preços registrados em janeiro do ano passado, e equivalem a 53% do custo da gasolina, na capital paulista, onde o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é o menor do país: 12%. Na maioria dos estados, nos quais o ICMS chega até 25% -- caso do Distrito Federal --, a equivalência sobe para cerca de 70%.

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Acima disso, "não se justifica", disse Guedes. Ele destacou, entretanto, que, como todo produto agrícola, o álcool tem safra e entressafra, o que explica, em parte, as variações de preços de acordo com as leis normais do mercado: de procura e oferta. Ele disse que além do aumento normal, no mês de dezembro, em torno de 10%, teve também o acréscimo de mais 3% por conta da crise no transporte aéreo.


Para que a situação não fuja ao controle, lembrou o ministro, a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é no sentido de acompanhar a evolução dos preços atentamente. "Se, porventura, os preços extrapolarem nossas expectativas, faremos uma reunião da Comissão Interministerial Sucroalcooleira para revisão do índice de mistura, que atualmente é de 23%".

O ministro disse que não há razão, ainda, para uma revisão do percentual de álcool anidro na gasolina. Ressaltou, contudo, que "se os preços continuarem subindo e se for necessário, a decisão será no sentido oposto". Será, portanto, contrária aos interesses dos produtores, que querem aumentar o percentual de mistura para 25%.


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