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Falta de mão de obra

Motoristas colombianos são contratados para trabalhar no Paraná

Rafael Fantin - Redação Bonde
27 fev 2014 às 15:59

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- Anderson Coelho/Equipe Folha
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O "apagão" na mão de obra especializada no setor de transporte de cargas é a porta de entrada para trabalhadores colombianos que buscam mais qualidade de vida no Brasil. Apesar da experiência e do conhecimento técnico no transporte de cargas perigosas, os motoristas colombianos sofrem com a baixa demanda de serviços no país vizinho e apostam no mercado brasileiro.

Nesta quinta-feira (27), quatro motoristas colombianos estiveram em Londrina para regularizar a permanência no Brasil e obter a autorização de trabalho junto à Polícia Federal. O grupo chegou ao Paraná há 15 dias após recrutamento por meio do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), que vai preparar os motoristas para novos empregos com cursos para adaptação ao novo país.

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"Na Colômbia, temos bons caminhões e muito motoristas qualificados, mas poucas cargas", resumiu o motorista Ricardo Bello, que veio de Bogotá, capital colombiana, para trabalhar na empresa Diamante com sede em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

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Morador da cidade de Bucaramanga, Juan José Suarez ressalta que o principal objetivo de trabalhar no Paraná é buscar mais qualidade de vida em setores como saúde, educação e moradia. Ele afirmou que o salário na Colômbia é um pouco maior, no entanto, as empresas brasileiras oferecem mais benefícios, entre eles, plano de saúde, vale alimentação e diária, conforme a convenção da categoria.

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Suarez tem mais de 10 anos de experiência em transporte de petróleo, gasolina e óleo. Ele lembra que a demanda caiu muito após a construção de oleodutos na Colômbia, o que diminuiu a necessidade de caminhões para realização do transporte de combustíveis.


"Houve uma queda no setor por causa da economia, mas o motorista colombiano tem qualidade em nível internacional. Por isso, acredito que podemos contribuir para melhorar o serviço no Brasil", afirmou Suarez, que vai morar em Curitiba.

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Longe da família, Edgar Alvarez já faz plano para trazer a mulher e os filhos para o Paraná, mesmo sem ainda ter um local definido para morar. "A oportunidade de trabalhar no Brasil é importante e vale a pena arriscar para melhorar a qualidade de vida de toda a família", disse o motorista que elogiou a hospitalidade do brasileiro.


Remuneração pode chegar até a R$ 4 mil por mês

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O gerente regional do Setcepar, André Aguiar, destacou que a vinda do grupo para Londrina foi importante para os trabalhadores conhecerem as características do setor na região com base nos produtos agroindustriais.


"Como as empresas de transporte possuem filiais em diversas cidades do Brasil, é necessário que o trabalhador conheça as diferenças regionais no setor", analisou. Os motoristas colombianos vão trabalhar no Paraná com transporte de carga seca, entre eles, produtos industrializados, alimentos e eletrodomésticos.

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De acordo com ele, a remuneração pode chegar até R$ 4 mil por mês, incluindo o registro na carteira profissional de R$ 1,5 mil mais benefícios. O contrato de trabalho vale por dois anos. A carga horária é de oito horas por dia com possibilidade de no máximo duas horas extras que podem ser realizadas durante carga e descarga. "Na Colômbia, o motorista chega a trabalhar 16 horas por dia", comparou.


Sindicato tem mais de 200 currículos cadastrados

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Enfrentando dificuldades na contratação de motoristas, o Setcepar iniciou um projeto de recrutamento de trabalhadores colombianos no final do ano passado. "Um motorista instrutor colombiano participou de um curso do sindicato e falou sobre a realidade do país no setor. Ele voltou para Colômbia e começou a enviar os currículos dos interessados. Em três meses, já temos 200 cadastrados e 10 já estão trabalhando", comentou o presidente do Setcepar, Gilberto Cantú. A expectativa é de que nos próximos meses, 50 motoristas sejam contratados por empresas no Paraná.


O presidente do sindicato afirmou que o recrutamento fora do Brasil é uma alternativa a falta de mão de obra. "Hoje, temos um déficit de 100 mil trabalhadores em todo o país em diferentes modais. O crescimento econômico e a aposentadoria de motoristas são as principais causas da ausência de trabalhadores no setor. Antigamente, muitos filhos aprendiam a profissão e seguiam a carreira do pai, mas essa realidade mudou", avaliou.


Segundo Cantú, preocupado com a falta de jovens motoristas, o Sest Senat lançou no início de fevereiro o projeto "Primeira Habilitação para o Transporte", que vai fornecer de maneira gratuita, a carteira de motorista a 50 mil jovens interessados na profissionalização no setor de transporte.

As empresas credenciadas ao Setcepar podem entrar em contato com o sindicato para recrutamento de motoristas.


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