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Crise

Movimento fraco faz lojas liquidarem nova coleção de inverno

Agência Estado
29 jun 2015 às 08:35

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Nem mal o inverno começou, as varejistas começaram a temporada de liquidações para desovar seus estoques. "O termo liquidação começou a perder seu sentido", observou o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O desempenho de vendas abaixo do esperado em recentes datas comemorativas, como o dia das Mães e dos Namorados, dá indícios de que outras datas importantes, como o dia dos Pais, das Crianças e Natal, poderão ser afetadas, afirmou Bentes. "O varejo de modo geral tem sido muito castigado. Não é uma crise, são várias crises", disse Bentes, lembrando que a inflação em alta, a desaceleração da economia e restrição de crédito têm levado a atividade a uma deterioração. "Foi o pior dia das Mães e dos Namorados dos últimos 12 anos", disse.

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Em um momento em que o comércio enfrenta seu pior desempenho desde 2003, as companhias intensificaram as demissões e novos ajustes podem ocorrer, segundo fontes.

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Levantamento feito pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo mostra que a Lojas Marisa foi a que mais cortou entre janeiro até o dia 15 de junho na região metropolitana de São Paulo. Foram registradas 452 homologações no período, ante 260 feitas no mesmo período do ano passado. A Riachuelo cortou 280 pessoas no mesmo período, 53% acima na comparação com igual período de 2014. Na C&A, foram 330 demissões, ante 225. A Renner foi a única que cortou menos sobre o mesmo período do ano anterior, 121 ante 151. De janeiro a maio, foram homologadas 49.310 demissões no comércio na capital paulista, nos mais variados setores. Em 2014 inteiro foram 121,8 mil rescisões.

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Os subsetores do comércio, como revendas automotivas e materiais de construção, foram os que mais demitiram. A evolução do emprego no comércio de bens duráveis (móveis e eletrodomésticos, equipamentos e materiais de escritório) recuou 0,5% em maio, ante abril, e caiu 0,2% em relação a maio de 2014. O setor de semiduráveis (tecidos, vestuário e calçados) recuou 0,3% em maio ante abril e caiu 1% sobre maio passado, informou o CNC, com base nos dados do Caged. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Em nota, a C&A informa que atua com estratégias de longo prazo, buscando decisões de negócio que sejam menos impactadas pelo cenário de curto prazo. Oscilações no quadro de funcionários podem acontecer em função das exigências de mercado, seja para ampliar o número de profissionais que emprega ou eventualmente para reduzi-lo.

A C&A segue seu plano de investimentos no Brasil, país onde está presente desde 1976. Nos últimos dezoito meses, a empresa já abriu 34 novas lojas e em julho abrirá sua primeira unidade no estado de Tocantins, ampliando sua presença para todas as capitais brasileiras.


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