O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) entregou hoje (20) os apartamentos da primeira etapa do Condomínio João Cândido, na cidade de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O projeto faz parte do Programa Minha, Casa Minha Vida – Entidades, do governo federal, e do Programa Casa Paulista, do governo estadual. Nesta fase, foram entregues 192 apartamentos.
O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, defendeu que imóveis produzidos sob a supervisão do movimento, geralmente, são construídos com mais qualidade que os feitos por empreiteiras – a modalidade mais comum do Minha Casa, Minhas Vida.
"Não tenho dúvidas de que quando fazemos algo com dignidade, as pessoas valorizam. Muita gente diz por aí que, no Minha Casa, Minha Vida, a turma ganha o apartamento e vende. Quando você joga o cara num lugar longe, com o apartamento numa caixinha de fósforo, que não cabe nem uma cama no quarto, é difícil reclamar que ele vá vender. Agora, vamos voltar aqui daqui a cinco anos e ver se alguém terá vendido. Tenho certeza de que nós vamos encontrar essas mesmas pessoas aqui, morando nesses apartamentos", disse.
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Os apartamentos entregues hoje têm dois e três quartos, medindo entre 54 metros quadrados (m2) e 63 m². A obra foi dividida em cinco etapas e o conjunto todo terá 1,1 mil unidades. Mais de 900 apartamentos ainda estão em construção em mais quatro conjunto de prédios, o João Cândido B e os Chico Mendes A, B e C. Os mutuários contemplados são moradores de Taboão da Serra, Itapecerica da Serra e da zona sul de São Paulo.
O secretário estadual de Habitação, Marcos Penido, destacou o apoio do estado para a realização do projeto. "Voltamos a ter esperança de que não vamos combater apenas a ala marginal do déficit habitacional, mas vamos acabar todo o déficit habitacional, como ter de ser combatido", declarou.
Leila Cristina, dona de casa de 37 anos, recebeu suas chaves hoje. Ela, o marido e os quatro filhos estão ansiosos pela transformação que terão em suas vidas. "Nossa mudança já está pronta, agora é só pegar tudo e mudar", disse ela. Leila conta que, com a entrega de seu apartamento, poderá deixar o acampamento do MTST onde vive, na região do Campo Limpo, na zona sul da capital paulista.