A alta no preço dos combustíveis em Londrina, de um dia para o outro, surpreendeu o Procon e a Promotoria de Defesa do Consumidor. Na última quarta-feira (29 de fevereiro), o litro da gasolina era encontrado na cidade por até R$ 2,39. Na quinta (1º), o preço foi para R$ 2,89, alta de R$ 0,50. No caso do álcool, a elevação foi de até R$ 0,20. O significativo aumento será investigado.
O coordenador do Procon em Londrina, Carlos Neves Júnior, contou que o órgão vai analisar notas fiscais de postos e distribuidoras, com o objetivo de constatar se os documentos conseguem justificar a alta nos preços. "A documentação vai mostrar se a alegação apresentada pelo Sindicombustíveis é real. Não está descartada a possibilidade de preços abusivos", explicou.
Segundo o sindicato que representa os proprietários de postos, a elevação foi causada por causa das revendedoras, que aumentaram em R$ 0,10 o litro do álcool do dia para a noite, e devido à fiscalização feita pelo Procon e Ministério Público no mês passado. "O estabelecimento ilícito, que oferecia combustível com o preço abaixo do mercado, foi autuado e precisou entrar na legalidade. Consequentemente, o posto precisou reajustar os preços para não sofrer prejuízos", argumenou o vice-presidente do Sindicombustíveis, Durval Garcia Júnior.
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O coordenador do Procon não concorda com as explicações do empresário. "Não podemos ligar a Operação Bomba Limpa ao aumento nos preços. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A fiscalização tem o objetivo de encontrar empresários que lesam o consumidor e não ajudar a elevar valores", rebateu Carlos Neves Júnior.
O Ministério Público já começou a coletar notas fiscais nos postos. O Procon vai precisar de pelo menos uma semana para analisar a documentação. Em caso de preço abusivo, o estabelecimento pode ser multado e até interditado.