Estudo aponta que diferença é maior entre os mais escolarizados Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, revelam que mesmo com maior escolaridade, as mulheres têm rendimento médio inferior ao dos homens. Em 2009, as mulheres ocupadas recebiam cerca de 70,7% do rendimento médio dos homens. No mercado formal esse total chegava a 74,6%, enquanto no mercado informal a diferença era ainda maior, com as mulheres recebendo 63,2% do rendimento médio masculino.
A diferença era ainda maior entre os mais escolarizados: as mulheres com 12 anos ou mais de estudo recebiam, em média, 58% do rendimento dos homens com esse mesmo nível de instrução. Nas outras faixas de escolaridade, a razão era um pouco mais alta (61%). Entre 1999 e 2009, as disparidades pouco se reduziram.
O trabalho doméstico é um nicho ocupacional feminino por excelência, no qual 93% dos trabalhadores são mulheres. Em 2009, 55% delas tinham entre 25 e 44 anos, e a porcentagem de pardas era de 49,6%. Quase um terço das trabalhadoras domésticas não possuía carteira de trabalho assinada, tinham em média 6,1 anos de estudo e o rendimento médio ficava na ordem de R$395,20.
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Enquanto, em 2009, as mulheres trabalhavam em média 36,5 horas semanais, para os homens a carga era de 43,9 horas. Nos trabalhos informais, a média caía a 30,7 horas para as mulheres e a 40,8 horas para os homens. Já nas ocupações formais, tanto para as mulheres quanto para os homens, a média de horas trabalhadas era maior que as 40 horas semanais.
Quando se analisa a média de horas trabalhadas por grupos de escolaridade tanto os homens quanto as mulheres com 9 a 11 anos de estudos trabalham mais do que os seus pares nos demais grupos. As mulheres com escolaridade mais baixa trabalham menos do que aquelas com mais de 12 anos de estudo, enquanto o inverso ocorre para os homens: aqueles com maior escolaridade trabalhavam menos do que os outros.
Apesar do aumento da taxa de atividade das mulheres, essas permanecem como as principais responsáveis pelas atividades domésticas e cuidados com os filhos e demais familiares. No Brasil, a média de horas gastas pelas mulheres a partir dos 16 anos de idade em afazeres domésticos é mais do que o dobro da média de horas dos homens.