A Caterpillar, gigante global na fabricação de máquinas e equipamentos pesados para setores como construção e mineração, prepara a abertura de uma fábrica de locomotivas de grande porte no Brasil. De olho no crescimento do transporte de minérios e grãos no País, o grupo quer produzir entre 60 e 70 locomotivas de mais de 4 mil HP de potência por ano, praticamente metade da demanda estimada para os próximos anos.
O projeto está adiantado e deverá ser apresentado ao board da divisão ferroviária da Caterpillar nos próximos 30 dias. "Ainda não temos a aprovação formal, mas é muito grande a possibilidade de que a gente tenha a nova fábrica", diz Ronaldo Moriyama, diretor-geral da MGE, empresa de reforma, manutenção e modernização de locomotivas e trens que a Caterpillar comprou há dois anos no Brasil.
A aquisição marcou o primeiro passo do grupo no setor ferroviário fora dos Estados Unidos. Por isso mesmo, foi estratégica: a MGE passou a ser a base ferroviária da Caterpillar no Brasil e na América do Sul. Por enquanto, Moriyama evita falar sobre valores do investimento previsto na nova fábrica, alegando que o número não está fechado. Mas o executivo adianta que o projeto garante abertura de 400 empregos diretos. Hoje, a MGE emprega cerca de 420 pessoas.
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A localização da nova fábrica também não está definida. A primeira opção é o município paulista de Hortolândia, na região de Campinas, onde a MGE está instalada. A alternativa seria a região do interior paulista em que existe malha ferroviária, principalmente de ambas as bitolas, a larga e a estreita. Essa região compreende os municípios de Itu, Campinas, Rio Claro, Americana e Limeira, entre outros.