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Não é hora de parar de consumir ou produzir, diz Dilma

Agência Estado
25 nov 2011 às 14:12

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A presidente Dilma Rousseff previu nesta sexta-feira, 25, que a crise europeia não terminará antes de pelo menos dois anos, mas insistiu que o Brasil não pode temer o período difícil da economia mundial. "Não temos que nos atemorizar diante da crise, não podemos parar de produzir, de consumir. Vamos continuar investindo e apostar na inovação tecnológica", afirmou a presidente em discurso durante inauguração de novas unidades do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), na zona portuária no Rio.

"Vivemos um momento muito delicado internacionalmente. A crise europeia não acaba em um ano ou dois, não chego a falar em uma década, mas temos que ter consciência disso. Os Estados Unidos também não estão em situação favorável. Sempre se fala que crise é também oportunidade. O Brasil está diante de várias oportunidades", afirmou a presidente. Dilma comemorou a taxa de desemprego de 5,8% divulgada ontem pelo IBGE e comparou com a da Espanha, "em torno de 22%".

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A presidente voltou a citar o ingresso de 40 milhões de brasileiros na classe média, nos últimos anos. "Não queremos ser a quinta potência. Queremos ser um país sem pobreza, de classe média e com serviços de qualidade", afirmou a presidente.

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Ao falar sobre a necessidade de o País "dar o salto da educação, da inovação e da incorporação de tecnologia", Dilma citou em particular as áreas de saúde e petróleo. "Queremos produzir no Brasil todos os produtos que a nossa Petrobrás vai demandar nos próximos anos. Para vocês terem uma ideia, até 2020 a Petrobrás vai comprar mais ou menos 67 sondas, ao custo de R$ 1 bilhão cada uma. Isso mostra que temos uma demanda muito forte que explica por que, mesmo neste momento de crise, o Brasil seja o país com uma das menores taxas de desemprego", disse.

"Nosso desafio desta década é gerar empregos de qualidade que usem o conhecimento para produzir o que o Brasil hoje importa, gerando empregos no exterior", afirmou a presidente, que mostrou preocupação com o "momento muito delicado internacionalmente", mas destacou a importância de o Brasil "transformar o momento de crise em oportunidade".


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