O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que haverá qualquer tipo de aumento nos preços dos combustíveis. Indagado por jornalistas ao chegar ao Ministério, o ministro limitou-se a dizer: "não vai ter nenhum aumento". Mantega participa, às 11 horas, da reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, na sede da companhia, em Brasília.
Segundo analistas, a gasolina precisaria ter um reajuste de pelo menos 10% nos próximos meses para minimizar os efeitos da queda dos juros. Na avaliação do economista Plínio Nastari, da Datagro Consultoria, a queda dos juros está acelerando a desvalorização cambial, o que impacta a importação de gasolina. O consultor acredita que a alta de 10% seria necessário para reduzir as perdas expressivas que a Petrobrás está registrando neste momento.
Segundo Nastari, a defasagem do preço da gasolina em relação ao preço do petróleo está em 28,3%. Para ele, esta redução se faz cada vez mais necessária à medida que não existe uma expectativa de novas refinarias entrando em operação em breve.