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Porto paranaense

Navios sem prontidão de carga pioram a fila em Paranaguá

Agência Estado
24 ago 2012 às 18:19

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Muitos navios que aguardam para a atracar no Porto de Paranaguá não têm carga consolidada para ser carregada. Nos últimos três dias, 21 navios abriram mão da vez de atracação no Corredor de Exportação por não terem carga suficiente para embarcar. Com o tempo bom, o corredeor embarca diariamente entre 60 e 80 mil toneladas, podendo chegar a uma capacidade máxima de escoamento de 100 mil toneladas por dia.

"Esta agilidade no embarque do granel, quando as condições são favoráveis, é típica de Paranaguá. Numa situação como a que vivenciamos esta semana, fica claro que a fila de navios ao largo pode ser explicada de várias formas e, diferente do que vem sendo dito, não é resultado da ineficiência do porto", explica Luiz Henrique Dividino, superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina.

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Nesta sexta-feira (24), dos 106 navios ao largo, 37 aguardavam para atracar. Na reunião que programa os navios que irão atracar no final de semana duas embarcações abriram mão da sua vez por falta de cargas. Na quinta-feira (23), foram chamados quatro navios para que três aceitassem atracar e, na quarta-feira (22), a situação foi ainda mais grave: 15 navios abriram mão de atracar em Paranaguá por falta de carga consolidada.

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O complexo corredor de exportação de Paranaguá funciona com uma logística que leva em conta desde a saída dos caminhões do interior até o embarque nos navios, passando pelo espaço em armazém para recebimento da carga. A logística afinada fez com que a fila de caminhões, comum nos anos anteriores, desaparecesse. No entanto, muitos navios chegam à baía de Paranaguá sem estar com prontidão de carga, o que atrapalha o sistema.

ESTOQUES – Nesta sexta-feira (24), estavam disponíveis nos armazéns que compõem o corredor de exportação 570 mil toneladas de grãos – sendo a maior parte deles composta pelo milho que está no pico do escoamento. Há cerca de 20 dias com tempo seco, a taxa de embarque vem superando em muito a taxa de descarga de caminhões e vagões, o que explica a falta de carga. Com isso, o tempo de espera dos navios cresce. "Se hoje tivéssemos 37 berços para atracar todos os navios que estão aguardando para atracar no corredor, a operação ficaria parada porque nem 30% deles tem carga para ser embarcada", explica Dividino.


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