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Alimentos e móveis

Norte do Paraná ficará com 25% das vagas do Brasil Mais Produtivo

Magaléa Mazziotti - Grupo Folha
27 out 2016 às 17:49

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- Agência Fiep
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A região Norte do Paraná deve concentrar pelo menos 25% das vagas previstas para o Estado no programa Brasil Mais Produtivo, cujo lançamento ocorreu nesta quarta-feira (26) em Curitiba. A solenidade, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), contou com a presença do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

Com o objetivo de oferecer consultoria para aumentar em, no mínimo, 20% a produtividade de cada empresa atendida, o foco deste primeiro ano do programa são pequenas e médias empresas, que têm de 11 a 200 funcionários, dos setores de alimentos e bebidas, moveleiro, de calçados, vestuário e de metalmecânica. Preferencialmente, elas devem integrar Arranjos Produtivos Locais (APLs).

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Das 3 mil vagas previstas para todo o País, foram destinadas 200 ao Paraná, sendo que já existem 233 empresas inscritas - o programa foi lançado nacionalmente no final de abril. "Isso não significa que outras empresas não possam se inscrever, pois elas passam por um pré-diagnóstico antes de serem selecionadas para receber a consultoria", disse o ministro. "No Brasil, mais de 3.100 empresas já se inscreveram. Por isso já estudamos a ampliação do programa", explicou.

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O custo total da consultoria é de R$ 18 mil por indústria, sendo que R$ 15 mil são pagos pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A empresa entra com uma contrapartida de R$ 3 mil. Para se inscrever, é preciso preencher cadastro no www.brasilmaisprodutivo.gov.br.

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Além do apoio financeiro, o Senai também executa as consultorias técnicas, cada uma com 120 horas de duração, aproximadamente três meses. No primeiro ciclo, de 40 dias, já é feita a intervenção dentro da empresa, por meio da metodologia da manufatura enxuta, que preconiza redução de desperdícios.


Somente o Norte do Estado deve ocupar 40 vagas nesse primeiro momento. O consultor do Senai Walter Ribeiro Rocha Júnior disse que já está sendo estudada a expansão de vagas para outros setores. Ele aponta que o APL de Móveis de Arapongas, bem como a existência de diversas empresas alimentícias com um "bom grau de profissionalização" em Londrina tornaram a região atraente aos objetivos do programa.

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"Tanto que já temos 17 empresas que já deixaram a fase de pré-diagnóstico para contratar a consultoria. Quatro estão com o processo em andamento e três finalizando com um incremento médio de 30% na produtividade", destaca.


Bebidas Garoto, Usinorte, Artnova, Qmovi, Café Florao, Móveis Lachi e Móveis Lachi são algumas das que já estão inscritas para o primeiro ano do programa. "Creio que 99,9% do sucesso da consultoria está na capacidade e disposição da empresa em mudar a forma de fazer, de produzir, sem investir em máquinas ou aumento de pessoal. O que vale aqui é uma mudança de atitude diante dos processos", orienta Walter.


O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, acredita que o Brasil Mais Produtivo ajudará a indústria paranaense a conquistar novos mercados. "O mundo questiona a nossa baixa produtividade e esse programa vem agir nisso. Vai nos ajudar na conquista de novos mercados, o que é fundamental para a retomada da nossa atividade econômica", avaliou.

PEC 241
O ministro Marcos Pereira aproveitou a solenidade para enaltecer a aprovação em segundo turno, pela Câmara do Deputados, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 que limita os gastos públicos. "A PEC 241 é de fundamental importância para colocar as contas públicas no eixo e dar previsibilidade no médio e longo prazos. Sem essas medidas, iríamos para o abismo, pois o o percentual do PIB comprometido com o pagamento dos juros da dívida pública brasileira é semelhante ao de países como a Grécia e a Espanha, quando quebraram."
O ministro argumentou ainda que, se a PEC tivesse sido implementada há dez anos, a dívida pública brasileira seria um terço do valor atual.


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