''A integração efetiva é muito importante para as cooperativas do Paraná, independentemente de como intitulamos o processo''. Com essas palavras, o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, aprovou a possível fusão entre a Corol, Cocamar e Cofercatu. Em entrevista à FOLHA, Koslowski afirmou que ''todas as incorporações e parcerias entre as cooperativas são bem vindas'', principalmente para fortalecimento no mercado internacional.
Koslowski ainda salientou que recentemente esteve em Brasília, e que tal fusão pode auxiliar nas reivindicações frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em relação ao Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), que oferece aos produtores linhas de crédito para investimentos em tecnologia e aquisição de equipamentos. ''Estamos querendo ampliar o programa no Estado e este tipo de integração pode nos auxiliar'', comentou o presidente da Ocepar.
Com a fusão, o objetivo é que se otimize o processo industrial, reduza os custos permitindo atingir os mercados internacionais com maior efetividade. ''O maior volume de produção acaba ampliando nossa capacidade de negociação e exportação. Alguns mercados estrangeiros nem chegam a conversar caso o quantidade seja pequena para exportar'', enfatizou João Paulo.
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Quando questionado sobre a venda da usina de cana da Cofercatu, no início de abril, o comandante da Ocepar disse que no ano passado o setor sucroalcooleiro ''foi um total desastre no Paraná'' e que para as três cooperativas, principalmente para a Corol e Cofercatu, tal fusão é extremamente positiva. ''É uma tendência do cooperativismo, independentemente se tratam de fusões, incorporações, parcerias ou contratos operacionais. Teremos uma indústria de maior porte, melhorando cada vez mais os produtos oferecidos no mercado''.
Em relação aos cuidados que devem ser tomados para que a negócio seja fechado, Koslowski considera importante a participação efetiva dos cooperados no processo. ''No coopeerativismo, todas as decisões devem ser colocadas aos cooperados. Eles são os maiores interessados'', finalizou.