O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla Salem El-Badri, disse neste domingo (20) que o cartel não deve discutir alocações de produção antes de junho de 2012. A reunião marcada para dezembro, em Viena, deve ocorrer sem atritos, afirmou. Segundo ele, membros da Opep que elevaram a produção para compensar as perdas da Líbia devem dar um passo atrás agora que a oferta do país está se recuperando.
Na reunião de junho passado, a Opep viveu um impasse a respeito da elevação ou não da produção de seus integrantes. Países do Golfo Pérsico, liderados pela Arábia Saudita, queriam um aumento de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na oferta por causa das perdas de produção na Líbia. Outras nações, contudo, foram contra a elevação por causa da instabilidade da economia mundial.
Equilíbrio
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Para o ministro do petróleo na Arábia Saudita, Ali al-Naimi, os mercados da commodity estão atualmente equilibrados e ainda é muito cedo para tecer comentários a respeito de eventuais ações que poderão ser tomadas pela Opep.
Em outubro, a Arábia Saudita produziu 9,4 milhões de barris por dia, segundo o ministro, que não revelou qual o volume de produção em novembro. Em setembro, a média diária foi de 9,436 milhões de bpd e, em agosto, 9,756 milhões de bpd.
O país exportou 6,813 milhões de bpd em setembro, ante 7,378 milhões em agosto, de acordo com dados divulgados pela Joint Organisations Data Initiative (Jodi) em seu website. A Jodi é supervisionada pelo Fórum Internacional de Energia, baseado em Riad, e mostra dados fornecidos diretamente pelos governos dos países integrantes desde 2002.
Levantamento feito pela Dow Jones no início de novembro mostrou que a produção saudita era de 9,45 milhões de bpd em outubro e 9,55 milhões em setembro. A maior economia do mundo árabe prometeu em junho elevar a produção para até 10 milhões de barris por dia. As informações são da Dow Jones.