O Tribunal de Apelação de Paris ordenou nesta sexta-feira (08) a prisão do operador Jérôme Kerviel, que trabalhava no banco Société Générale e é acusado de causar prejuízos de mais de US$ 7 bilhões em operações fraudulentas.
O tribunal atribuiu a decisão de prender Kerviel "às necessidades do inquérito" e ao risco de que o operador tentasse fugir do país.
Os promotores temiam ainda que Kerviel pudesse tentar entrar em contato com cúmplices, o que poderia ameaçar a investigação.
Uma segunda pessoa foi detida nesta sexta-feira em Paris, um funcionário da empresa de corretagem Fimat - que era uma divisão do Société Générale. O suspeito foi questionado a respeito de seu envolvimento com Kerviel.
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Mensagem
O corretor financeiro detido teria enviado uma mensagem a Kerviel pelo sistema de computadores do banco há várias semanas, antes que as operações fraudulentas viessem a público. A mensagem afirmava "você não fez nada ilegal".
Segundo o jornal Le Monde, Kerviel teria feito algumas de suas operações por meio da Fimat, e a polícia suspeita que o corretor detido poderia saber de suas atividades.
A prisão de uma segunda pessoa é importante porque o Société Générale sempre insiste que Kerviel trabalhou sozinho e ninguém mais estava envolvido.
Kerviel já havia sido detido antes. O operador foi libertado provisoriamente no dia 28 de janeiro, depois de dois dias de interrogatórios.