A presidente Dilma Rousseff disse hoje que o Brasil tem condições de garantir financiamento para as empresas em caso de esgotamento de crédito no mercado externo. Ela lembrou que o País atualmente possui US$ 350 bilhões em reservas cambiais e R$ 440 bilhões em depósitos compulsórios dos bancos. "Se faltar lá fora, temos dinheiro suficiente para garantir crédito às empresas, sem mexer um centavo no orçamento", afirmou, durante cerimônia de assinatura do contrato de concessão para construção, manutenção e exploração do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, que foi transmitida ao vivo pela TV NBR.
De acordo com ela, o País amadureceu economicamente a ponto de não cometer "loucuras" para se endividar. "Sabemos crescer e manter a estabilidade, e não sair por aí se endividando feito loucos como antes", disse, ao ressaltar que o Brasil passa por um momento diferente do enfrentado por Estados Unidos e Europa, que sofre com problemas econômicos e de desemprego. Afirmou ainda que o País tem a inflação na trajetória para o centro da meta de 4,5% e políticas fiscais "sérias". "Nós estamos em outro momento. Esse País tem condições de crescer diante da crise, com o povo brasileiro consumindo e as empresas produzindo."
A presidente classificou a ascensão de 40 milhões de brasileiros para a classe média como "blindagem" contra a crise internacional. "Crescemos uma Argentina nos últimos nove anos", afirmou. "O Brasil colocou para dentro do mercado consumidor o equivalente a uma Argentina."
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Sobre o aeroporto em São Gonçalo do Amarante, Dilma disse que ele faz parte da nova fase dos terminais aéreos do Brasil, já que é o primeiro a ter a assinatura de contrato de concessão à iniciativa privada. E afirmou que o empreendimento é estratégico não apenas para o Rio Grande do Norte, como também para o País. "É uma oportunidade especial de desenvolvimento. Nós sabemos que muitas empresas precisam da logística aeroportuária para poder produzir e, ao mesmo tempo, distribuir seus produtos com a rapidez necessária", disse. "Além de turistas, queremos trazer para cá empresas."