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Para Delfim, País deve aproveitar 'bônus' da natureza

Agencia Estado
30 mar 2010 às 15:57

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O economista e ex-ministro Delfim Netto disse hoje, em palestra no Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima (Feed 2010), promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que o "Brasil tem uma 'autobahn' de oportunidades nos próximos 25 anos". A referência está ligada ao termo de língua alemã que define as estradas de alta velocidade.

Boa parte do otimismo de Delfim deve-se à descoberta dos recursos energéticos do pré-sal, que torna menos provável a repetição de crises no balanço de pagamentos que, reiteradamente, assolaram o País por décadas, até o início dos anos 2000. "Estamos em posição muito mais confortável do que tivemos nos últimos 50 anos", disse. "Temos que saber aproveitar bem esse bônus concedido pela natureza."

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Delfim observou ainda que o petróleo, cada vez mais, deve ser direcionado para finalidades mais nobres, como a petroquímica, em consequência de sua crescente substituição pelos biocombustíveis na matriz de transportes. "O petróleo é do século 20 e está sendo progressivamente substituído como matriz para os transportes. Há até aviões 747 já voando em caráter experimental com combustível alternativo", lembrou.

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Agronegócio

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O ex-ministro destacou ainda que o agronegócio é outro diferencial estratégico para o Brasil, com os ganhos de produtividade verificados nas últimas décadas e a posição alcançada como maior produtor líquido de alimentos. "A partir de 2003, tivemos um bônus recebido do mundo, com o aumento do preço das commodities", disse. "Nos dois governos de FHC, foram oito anos em que nossas exportações não eram capazes de sustentar o ritmo das importações", acrescentou Delfim, referindo-se à queda de preços no período entre 1995 e 2002, que limitou o crescimento das exportações em valor, apesar do aumento da quantidade exportada no período.


A partir de 2003, com o reforço do papel da China no comércio mundial e o enfraquecimento do dólar, houve uma "explosão de preços" que se manteve até 2008, o que significou uma ampliação de 22% das exportações em valor no período.


Delfim destacou também o papel dos Estados Unidos como produtor agrícola e como concorrente na produção de energias renováveis. "Os Estados Unidos não estão nisso por causa da energia verde. Os EUA estão procurando recuperar a autonomia energética. Eles não pretendem ser grandes importadores de biocombustíveis, mas sim grandes produtores."

O economista acrescentou que, "nesse mundo da energia renovável, o Brasil tem enormes vantagens comparativas", citando aspectos como acesso à água e ganhos de produtividade. Segundo ele, "não há no Brasil conflito entre a produção de energia renovável e a produção de alimentos."


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